13/01/2016

The Anti-Terror Law in Brazil, its international adaptation and restriction of risks to fundamental rights



Apparently, there is an indicative institutionalized regarding the legislative aspect in relation to the creation of a law that characterizes as a crime act of terrorism.

One cannot disregard how necessary to have a standard dealing on the subject, given that other countries, including some European Union has already established the characterizing acts of terror.

Perhaps the great controversy of this new bill on our national scene should be because of the terrorist crime definition.

In a report dated November 2015, the United Nations expressed about broad concepts, which can lead to wide interpretation and may result in inadequate implementation ultimately forcing move setback for human rights and fundamental freedoms that this plea body thus protects. For example, restrict public demonstrations (social and political movements).

Thus, a brief question arises: who are these human rights and fundamental freedoms that so worries the UN? To answer this question, it would be impossible not to point out the technical concepts of the institutes, however, we objectively and without reveries.

Human rights have different meanings terminology. The main one is an ideological position which has scope for defending interest’s inherent right to life, honor, freedom, dignity, property of human beings, etc. Under the critical veil of international entity, it refers to a possible interpretation with negative connotations about the founding freedom in the universal system of protection of human rights, as this may generate an unsuccessful judicious position to apply the law to the case in order to restrict rights as a situation related to the right of opinion, ie the kind of human being will express would be configured or not terrorist crime, as well as a manifestation of acts contrary to a particular entity, political ideology or even in the defense of a particular class, in its social aspect (e.g. trade union) or economic (increase in public transport fares). Indeed, violence and illegal acts are very broad concepts which involve other crimes.

The systematic rules of Fundamental Human Rights are properly inserted in the Federal Constitution of 1988, as fundamental rights and guarantees, whether individual or collective. By the way, there are certain liberties that the Brazilian State shall refrain, as the free expression of thought, sealed anonymous people (art. 5 °, IV), freedom of religious conscience (art. 5 VI) and freedom of meeting (art. 5 °, XVI). It stresses that any law under the Brazilian Constitution that restricts inserts such rights are unconstitutional and should be purged in its effectiveness, validity and effectiveness through lawsuit.

On the one hand the UN manifests itself against a bill that could restrict certain right won on the other, we can understand that even moved to objectively define their purposes. Why entity does not take the attitude of gathering body of jurists and authorities of other countries and to define the terrorist crime concept? Or even, for what reason the UN not met Countries for at least treat on the subject, since acts of terrorism that we see in news are those that annihilate people, even in the abstract, with destructive means (bombs and weapons high power), injuring the right to live. It is expected that the United Nations fulfills its political role in the maintenance of peace.

At this point we defend a universal concept of terrorism, leaving countries to adapt them internally through treaties and international agreements, without hurting their national sovereignty. It knows that terrorism is not a new and a possible conceptualization of next path phenomenon is related not only to the social aspect, economic or sociological, as well as legal, could in a comparative study to trace all their conceptual aspect, that is, as has been delimited the concept of terrorism in other countries by legislation.

What should be established in Brazilian legislation, therefore, is any horror spread either by physical or intellectual milieu, the latter being the incitement to terrorism, however, without that features a mere freedom of speech, that can hurt human rights fundamental.

In fact, what cannot happen is a passive genocide or co-authored with the terrorist, in which the state fails to preserve the human dignity of its nationals.

Also should be reserved to the State to act actively in order to promote international legal cooperation between countries increasing internal and international security further, to promote able to control and investigation tools such as the denial of entry of case particular person from another state had suspected the other country. Important note that should set a neutral jurisdiction such as the International Criminal Court, whose jurisdiction in crimes against humanity rather than an internal justice, so, to give the sovereignty of state entity, although some countries have not admitted altogether.

Finally, Brazil is moving slowly with respect to legislative production theme, as other countries of the globe completed their legislation. It saddens further delays to the fact that we will have international sporting events (Olympics and Paralympics), which could lead to greater legal uncertainty.


All countries must unite against this great evil that haunts this century, terrorism.

A Lei Antiterror no Brasil, sua adequação internacional e os riscos de restrição aos Direitos Humanos Fundamentais.


         Ao que parece, surge um indicativo institucionalizado no tocante ao aspecto legislativo em relação à criação de uma lei que caracterize como crime ato de terrorismo.

        Não se pode desconsiderar o quão necessário ter uma norma que trate sobre a temática, haja vista que outros Países, inclusive alguns da União Europeia[1] já tem estabelecido os atos caracterizadores de terror.

         Talvez, a grande polêmica deste novo projeto de lei em nosso cenário nacional[2] deve-se por conta da definição de crime de terrorismo.

Em relatório datado em novembro de 2015, a Organização das Nações Unidas manifestaram acerca de conceitos amplos, no qual podem gerar interpretação extensiva, podendo resultar uma aplicação inadequada forçando, inclusive seguir em contrariedade aos direitos humanos e liberdades fundamentais que este órgão fundamento assim protege. Por exemplo, restringir as manifestações públicas (movimentos sociais e políticos).

Logo, surge uma breve indagação: que seriam estes direitos humanos e liberdades fundamentais de que tanto preocupa a ONU? Para responder esta indagação, seria impossível não pontuar os conceitos técnicos dos institutos, no entanto, faremos de forma objetiva e sem devaneios.

Os direitos humanos possuem diversas acepções terminológicas[3]. A principal delas é uma posição ideológica no qual tem por escopo defender interesses inerentes ao direito à vida, a honra, a liberdade, a dignidade, a propriedade do ser humano, etc. Sob o véu crítico da entidade internacional, refere-se numa eventual interpretação com conotação negativa acerca da liberdade fundante no sistema de proteção universal dos direitos humanos, pois poderá gerar numa malsucedida posição criteriosa ao aplicar a lei ao caso concreto, de modo, a restringir direitos, como numa situação relacionada ao direito de opinião, ou seja, o meio que o ser humano irá se expressar se configuraria ou não crime terrorista, bem como atos de manifestação contrários a determinada entidade, ideologia político ou mesmo na defesa de determinada classe, em seu aspecto social (ex. sindicato) ou econômico (aumento de tarifas de transporte público). Realmente, violência e atos ilegais são conceitos amplíssimos que comportem outros crimes.

A sistemática normativa dos Direitos Humanos Fundamentais está devidamente inserida na Constituição Federal de 1988, como direitos e garantias fundamentais, sejam individuais ou coletivos. A propósito, há certas liberdades que o Estado brasileiro deverá abster-se[4], como a livre manifestação de pensamento, vedado o anonimato de pessoas (art. 5°, IV), liberdade de consciência religiosa (art. 5° VI) e liberdade de reunião (art. 5°, XVI). Frisa-se que, qualquer lei abaixo da Constituição Federal Brasileira que restrinja tais direitos insertos serão inconstitucionais, devendo ser expurgados em sua vigência, validade e eficácia, por meio de ação judicial[5].

Se de um lado a ONU manifesta-se contra projeto de lei que possa restringir determinado direito conquistado, de outro, podemos entender que sequer moveu-se para delimitar objetivamente suas finalidades. Por que entidade não toma a atitude em reunir corpo de juristas e autoridades de outros Países e delimitar o conceito do crime de terrorismo? Ou mesmo, por qual razão a ONU não reuniu Países para pelo menos tratar a respeito do tema, já que atos de terrorismo que vemos em notícias, são aqueles que aniquilam pessoas, ainda que de forma abstrata, com meios destrutivos (bombas e armas de alta potência), ferindo o direito de viver. Espera-se que a Organização das Nações Unidas cumpra seu papel político na mantença da paz.

Neste ponto defendemos um conceito universal de terrorismo, cabendo aos Países adequá-los internamente por meio de tratados e acordos internacionais, sem ferir sua soberania nacional. É sabido que terrorismo não é um fenômeno novo e um caminho próximo de conceituação possível está relacionado não somente ao aspecto social, econômico ou sociológico, como também jurídico, podendo num estudo comparado traçar todo o seu aspecto conceitual, ou seja, como tem sido delimitado o conceito de terrorismo em outros Países por diplomas legais.

O que deve ser estabelecida numa legislação pátria, portanto, é qualquer propagação de terror seja por meio físico ou intelectual, sendo este último, a instigação ao terrorismo, no entanto, sem que se caracterize uma mera liberdade de expressão, que possa ferir direitos humanos fundamentais.

De fato, o que não pode ocorrer é um genocídio[6] passivo ou coautoria com o terrorista, no qual o Estado deixa de preservar a dignidade humana de seus nacionais.

Deve-se reservar também ao Estado Brasileiro que aja ativamente, de modo, a promover a cooperação jurídica internacional entre Países aumentando ainda mais a segurança interna e internacional, para que promovam ferramentas capazes de controle e averiguação, como no caso de recusa de entrada de determinada pessoa proveniente de outro Estado tido suspeito por outro País. Importante frisar que, deveria definir uma jurisdição neutra, como o Tribunal Penal Internacional[7], cuja competência nos crimes contra a humanidade ao invés de uma justiça interna, de modo, a doar a soberania do ente estatal, apesar, alguns Países não admitiram por completo.

Em síntese, o Brasil está movimentando-se lentamente no tocante a produção legislativa do tema, já que outros Países do globo terrestre concluíram seus diplomas legais. Entristece mais ainda a morosidade pelo fato que teremos eventos desportivos internacionais (Olimpíadas e Paraolimpíadas), que poderá gerar uma insegurança jurídica maior.

Todos os Países precisam se unir contra este grande mal que assombra neste século, o terrorismo.  



[1] http://www.statewatch.org/news/2002/jul/frameterr622en00030007.pdf
[2] PL 101/2015.
[3] Para nós, Direitos Humanos são aqueles previstos em normas internacionais e promovidos por tratados e convenções internacionais. Direitos Fundamentais são os provenientes ao aspecto protetivo de normas internas que deverão acompanhar aos direitos humanos tidos universais, sendo promovido por leis internas, conforme a soberania nacional.
[4] É o status de submissão ou passivo do Estado limitando suas ações.
[5] Nossa Constituição Federal estabelece no artigo 103 que o Supremo Tribunal Federal tem competência para julgar Ação Direta de Inconstitucionalidade. Mas, antes mesmo de ser julgada por esta corte, nada impede que órgãos inferiores declarem inconstitucional uma norma jurídica interna, conforme a competência federal ou estatal.
[6] Atos praticados com o intuito de destruir, total ou parcial de um grupo nacional, étnico, racial, religioso, ofendendo de forma grave a integridade física ou psicológica dos meios de determinada coletividade (grupo de pessoas).
[7] Foi criado em 17.7.1998, na cidade de Roma promovida pela Conferência Diplomática das Nações Unidas.             Com o Decreto Legislativo n.112 de 2000 e Decreto Presidencial n. 4.388 de 2002, o Brasil passou a fazer parte como um dos países que ratificaram com a adesão do Tribunal Penal Internacional. Apenar do Brasil ter votado a favor ao TIP, providenciou por proibir a extradição de seus nacionais, assim como de proibir penas de caráter perpétuo.

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