26/03/2010

Poesia: Me deixa

Me deixa livre como um pássaro,
Tomando seu rumo ao horizonte
Me deixa livre para guiar,
Sem mapa ou rota
Me deixa livre como o vento,
Ainda que saia de um ventilador
Me deixa livre como um peixe,
Joga-me no mar alto e agitado,
Sobrevivo, ainda que um seja pouco
Me deixe pensar, ora
Eu penso, ora
Sei agir, ora,
Não demora, não faz hora,
Me deixa, ora!
Ignorantes, pensam,
Ainda que não seja um deles,
Desculpa, talvez seja você
Mas,
Me deixa,
Tomar altos embriagos do sufoco
É coisa pra louco!
Minha glicose é a liberdade
É de verdade,
Você sabe que não é novidade,
Portanto,
Me deixa
Deixa-me
Me deixa

Poesia: Prospero

Minha eterna lirio-rosa
Planto, rego,
Faço o que querer
Se em vez te vejo lírio
Num outro rosa
Estrela Dalva te chamo quando lhe convém,
Simples, modesta
Rosa quando te admiro, champanhe
Simpatia,
Mas com tons vermelho e amarelo
Logo a felicidade nos acompanha
Tanto a tamanha
Que nem sei se com sem jeito ou sem manha...

Poesia: Dom

Dom, todos tem

Não importa a idade, cor, sexo, origem

O que importa é a virtude,

A fé da capacidade de ser melhor,

Dom, que é que não tem?

Devemos ter fé sim!

Para ir à busca do melhor caminho

Ao encontrá-lo, agarrá-lo e dizer:

Ora, que bom que tem!

Dom, minha vantagem

Meu beneficio natural,

É selvagem, esconde-se de mim

Mas quando pego,

Ninguém me segure

Pois não pode questionar que tem sim

Pode apostar

Estou no tom

Do meu próprio dom.

Luiz Fernando Pereira

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